domingo, 12 de dezembro de 2010

SKYLINE – condenado ao esquecimento

Escrito e dirigido pelos irmãos Colin e Greg Strause, Skyline – a Invasão é outra ficção científica a fazer uso do tema “os aliens estão chegando”, mas o enredo mal elaborado deixa o filme sem definir aonde realmente quer chegar

Nos últimos quatro anos, apareceram alguns filmes de ficção científica com enredos que se propunham à inovação, mas que fracassaram pela ausência da capacidade de “convencimento” do espectador, além de erroneamente investirem mais no visual do que na exposição dos temas e elementos que unem ciência e ficção, indispensáveis ao gênero.

Nesse “pacote” se inserem Pandorum (2009), de Christian Alvart – astronautas acordam do sono criogênico em uma nave espacial que leva os últimos sobreviventes da Terra a um planeta fora da Via Láctea; Cloverfield – o Monstro (2007), de Matt Reeves – dois rapazes filmam o aparecimento de um monstro que sai das entranhas da Terra; e Distrito 9 (2009), de Neil Bloomkamp – alienígenas chegam à Johanesburgo em nave avariada e são aprisionados numa “área para refugiados” pelo governo da África do Sul.


A característica comum a esses filmes é uma incômoda incoerência e inconsistência no desenvolvimento dos temas, os “furos” de roteiro, a incapacidade de criar um clima de suspense e a visível ineficiência da dramaticidade. O visual estilizado tenta ocultar as deficiências de roteiros mal escritos e vazios. Distrito 9, então, comete o suicídio de ter um enredo visivelmente racista.

A mais recente ficção científica a engrossar a essa linha de produção intitulada de “falso filme inovador” tem o título de Skyline – a Invasão – em estréia hoje em vários cinemas da cidade. Escrito e dirigido pelos irmãos Colin e Greg Strause (leia sobre eles ao final do texto) e produzido com o baixíssimo orçamento de US$ 10 milhões, tem a pretensão de fornecer uma outra visão da “invasão da Terra”, mas esbarra em várias limitações.

Colin e Greg, que estrearam como diretor com o constrangedor Aliens x Predador 2, elaboraram um roteiro com pouquíssimos personagens e limitados a um lugar fechado: um dos gigantescos edifícios da cidade de Los Angeles. Do interior do prédio, Jarrod (Eric Balfour), sua namorada Elaine (Scottie Thompson), o amigo Terry (Donald Faison), além da amante (Crystal Reed) e a mulher (Brittany Daniel) deste presenciam quando feixes de luzes, predominantemente azuis, despencam do céu e, atraindo as pessoas pela beleza e fascínio das cores, leva-as para o interior de gigantescas espaçonaves.

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